terça-feira, 3 de junho de 2008

Presidente do Império da Tijuca quer recontar Mestre Vitalino na Sapucaí

Foto: DivulgaçãoSr. Gabriel, compositor do samba em homenagem ao Mestre Vitalino

O presidente do GRESE Império da Tijuca, atualmente no Grupo de Acesso A, continua analisando quatro possíveis enredos para a agremiação contar na Marquês de Sapucaí em 2009. Antônio Marcos Teles, o Tê, entretanto, não esconde sua preferência pela reedição de "O Mundo de barro do Mestre Vitalino" (Carnaval de 77), desenvolvido pelo carnavalesco Geraldo Cavalcante. Já o samba-enredo, com linhas primorosas, é de autoria de Biel Reza Forte, um dos mais reconhecidos compositores da escola.

A obra ingênua de Vitalino Pereira dos Santos, nascido em Caruaru, cidade de Pernambuco, hoje é encontrada em muitos museus e coleções particulares. Através dela, o mais popular ceramista do Brasil transmitiu aos centros culturais do mundo uma significativa mensagem de brasilidade. Sua história de vida, vale destacar, é também uma poesia, cujos versos são rimados a palavras como massapé, simplicidade, caçuás e jegue, bem como aos grandes nomes do cangaço, Lampião e Maria Bonita.

Imaginando o quão bonito seria reproduzir o "Casal de Cangaceiros", o "Vaqueiro" e o "Casamento no Sertão", entre tantos outros bonecos, na Passarela do Samba, o presidente do Império da Tijuca agora segue em busca de apoio para a concretização de um sonho que se tornaria realidade aos olhos de mais de 350 países.

"_ Seria maravilhoso levar Mestre Vitalino e sua arte novamente para a Avenida. Sou um dos milhares de fãs de seu trabalho, que ganhou notoriedade no mundo inteiro, elevando a bandeira de nosso país ao patamar mais alto, além de mostrando o talento, a criatividade e a capacidade do povo brasileiro. A homenagem ao sensível artista, por intermédio de nossa escola, eu não tenho dúvidas, seria à altura da relevância de Meste Vitalino para a cultura nacional. Basta-nos reunir recursos financeiros suficientes, pois sabe-se que, atualmente, sem o apoio daqueles que entendem como grandioso e dispendioso é o espetáculo que preparamos, fica muito difícil ser competitivo e tirar as idéias do papel", argumentou Tê.

De acordo ainda com o presidente da Verde-e-Branco do Morro da Formiga, outra idéia de reedição vem lhe tirando o sono: "O misticismo da África no Brasil", enredo do Carnaval de 71, cujo samba, de Marinho da Muda, João Quadrado e Wilmar Costa, já foi, inclusive, entoado por nada menos que Clara Nunes.


Fonte: Divulgação

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