Por volta de 12:00h desta tarde, o barracão do G.R.E.S. Estácio de Sá, do Grupo A, desabou atingindo três carros que estavam estacionados na rua. Cerca de 12 pessoas que trabalhavam no barracão estavam no horário de almoço, por isso ninguém foi atingido. O local é de grande movimentação, ficando próximo do Hospital dos Sevidores, na Praça Mauá. Não se sabe ao certo o motivo do desabamento, mas a hipótese é de que o ocorrido seja uma conseqüência do estado de má conservação do imóvel.
Em entrevista ao Carnaval em Foco, o diretor de Harmonia da agremiação Rômulo Ramos fez um alerta para o estado dos barracões:
"_Eu não sei ao certo a idade do imóvel, mas ele tinha pelo menos 60 anos, com certeza. A arquitetura é do Rio Antigo. Nós estamos utilizando um espaço, que como todos os outros barracões de Grupo de Acesso, tem péssimas instalações. É hora do poder público em geral reavaliar sua posição e perceber que não apenas as escolas do Grupo Especial merecem atenção. A Estácio é o berço do samba e está em dificuldades", declara o diretor indignado com a falta de atenção dada pelas autoridades. "Descaso. Não há outra definição. É descaso mesmo. Eu defendo a melhoria das instalações paras as escolas por meio do Projeto Barracões. Escrevi sobre o assunto e cheguei a discutir com o presidente da Associação das Escolas de Samba (AESCRJ) Walter Teixeira que nós não temos estrutura para as escolas do Grupo de Acesso, para as escolas mirins e para os blocos de enredo", complementa Rômulo.
O espaço já foi concessão da Unidos da Tijuca, do Grupo Especial. Com a inauguração da Cidade do Samba e consequente mudança das grandes agremiações para lá, mediante acordo, as escolas do Grupo de Acesso passaram a ocupar os espaços. Além da Tijuca, também utilizavam o local a Unidos da Ponte, Viradouro, Beija-Flor e Impertariz.
O diretor de Canaval da Estácio da Sá Marcos Aurélio Fernandes (Marquinhos) faria uma reunião nesta tarde para encontrar uma solução para os trablahos da escola. Cid Carvalho, o carnavalesco, e sua equipe já haviam feito a planta baixa dos carros, que estavam suas bases em preparação para receber a estrutura. A parte de ferro do terceiro carro, por exemplo, estava em andamento. Não se tem ainda um levantamento dos danos causados.
Não bastasse o susto do acidente, a escola foi surpreendida com outra situação desconfortável na delegacia. Ao prestar depoimentos na 4ª Delegacia de Polícia, por volta de 14: 10 horas, na Praça Mauá, Rômulo Ramos foi informado por um funcionário da delegacia que, como não houve dano público, para que a perícia fosse ao local a fim de avaliar o dano causado seria necessário pagar uma taxa.
"_Mais uma vez, estarrecido fiquei quando o funcionário disse que deveríamos pagar R$ 300,00 para que a perícia viesse ao local avaliar os danos que sofremos. E os outros impostos que todos nós, enquanto cidadãos, pagamos? Estamos falando de Carnaval, arte e cultura, mas tem a parte política também. Tem a parte de segurança, impostos. Como é que fica isso?", manifestou Rômulo indignado com a descoberta.
Quanto aos carros atingidos, não se sabe ainda se a responsabilidade é da escola. Será avaliada a permissão do estacionamento para saber que tipo de medida deve ser tomada. Os carros atingidos foram: Palio Adventure 1.8 preto, placa LKP4354 (Nilópolis); Peugeot Unic 206 1.4 prata, placa KZW 7114 (RJ); e Corsa Classic 1.0 preto, placa KVI 2702(RJ).
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quinta-feira, 26 de junho de 2008
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