Este domingo foi de mais uma edição da feijoada mensal do G.R.E.S. Estácio de Sá, do Grupo A. O evento acontece a cada primeiro domingo, na quadra da escola.
Estiveram presentes os convidados: grupos Turma do Estácio e Bom Bocado, o cantor e compositor Eros, Jorge Caetano e seu violão, Waldir Moraes e o mestre Chuvisco com sua bateria. Alguns dos que marcaram presença foram Isabelita dos Patins, o cantor Dicró, o mestre da Viradouro Ciça, que é presidente da bateria da Estácio.
Na ocasião, o carnavalesco fez a explanação da sinopse do enredo 2009. Intitulado "Que chita bacana", o enredo é patrocinado e vai focar o folclore. A autoria é de Cid Carvalho (foto), com pesquisa de Alexandre França. A partir de amanhã a Estácio entra no clima do enredo, pois será toda decorada em chita.
Foto: Wilson Infantino
Cid disse ao Carnaval em Foco que este foi um enredo "escolhido com muito cuidado, respeitando o estilo do grupo de acesso que pede um Carnaval mais solto, mais alegre e mais didático". Trata-se de um enredo que conta a trajetória do tecido chita.
"_Apesar da identificação com o povo brasileiro, apesar de ter nossa alma em suas estampas, a chita é originária na Índia. O desenvolvimento começa a falar do Oriente, passando para a maneira como o tecido chegou aqui, através dos portugueses. Falamos da maneira como ele passou a fazer parte de nossas manifestações e o final da década de 60, quando a chita passou a ser o uniforme da turma da Tropicália. De maneira inteligente, Caetano, Gil e toda a turma usavam o tecido em suas vestes para protestar contra a repressão que se fazia presente naquela época", explicou o carnavalesco que disse que a escola aprendeu com os próprios erros."Faremos uma escola mais enxuta em componentes e no tamanho das alegorias. A escola vem com mais tempo para o componente brincar. Não adianta colocar em um desfile 3.000 pessoas, pois prejudicamos nosso próprio trabalho. Aprendemos com nossos próprios erros e percebemos que precisamos ter um número adequado para os 60 minutos de desfile", explicou.
A redução aconteceu porque a agremiação teve problemas de atraso no último desfile e optou por apresentar cinco carros e 23 alas. Além disso, há uma preocupação em surpreender o público. O presidente de Carnaval Marquinhos (Marcos Aurélio Fernandes), afirma que a escola vai "entrar com pé direito", pois promete uma surpresa na abertura.
Com a entrega da sinopse, aqueles que pretendem concorrer com samba-enredo já podem ficar atentos. Os interessados podem pegar uma cópia do material na secretria da escola. No dia 03 de agosto, haverá o lançamento oficial dos sambas-enredos. Edson Marinho, presidente da ala de compositores, disse que a escola "espera um samba alegre, alto-astral, com refrão valente que levante o público". Sobre a diferença entre os atuais e os antigos sambas, Edson disse que é preciso acompanhar a evolução:
"_A evolução acontece e temos que acompanha-la. Antigamente o samba-enredo era mais antológico, porém não havia o contingente quem há hoje numa agremiação. Nossa realidade é de quatro a cinco mil componentes em uma escola e se o samba for como o andamento de antigamente, não tem como passar na Sapucaí", esclareceu.
Questão do barracão tem solução
Como não há área disponível no Rio de Janeiro, em acordo com a defesa Civil,a Estácio se comprometeu em fazer as devidas obras no imóvel que desmoronou no último dia 26, para evitar futuros problemas. O barracão da escola foi liberado para obras e continuará servindo à escola para os trabalhos de alegorias. As reformas já começaram e em 20 dias deve estar em funcionamento.
A agremiação contou com a ajuda de comerciantes, de profissionais da construção civil e da prefeitura. O prejuízo estimado é de R$ 20.000,00.
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domingo, 6 de julho de 2008
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